Comissão cobra explicações da CDHU sobre problemas no conjunto Mário Covas
A Comissão Especial de Vereadores (CEV) que acompanha os impactos das obras realizadas pelas empresas TMK Engenharia e CDHU no Conjunto de Mário Covas se reuniu ontem (23) e cobrou explicações da companhia estadual sobre os problemas enfrentados pelos moradores do núcleo habitacional. O encontro foi conduzido pelo presidente da CEV, o vereador Topete, e contou com a participação dos parlamentares Afonsinho (PSDB), Alessandro Oliveira (PL), Tinho (REP) e Guilherme do Salão (PROS), além do secretário municipal de Obras, Manutenção e Serviços Públicos, Marcos Silva Quarterolli.
A CDHU foi convocada para a reunião da CEV, mas, mais uma vez, não enviou nenhum representante. O engenheiro Roberto Rosa Bertagnoli, gerente de obras da Baixada Santista e Vale do Ribeira do órgão estadual, encaminhou um e-mail em que afirma que não possui nenhum vínculo com a TMK Engenharia, a qual foi contratada pela Prefeitura de Cubatão para executar as obras de infraestrutura no Conjunto Mário Covas. A CDHU ainda enviou a cópia de um convênio formalizado entre a companhia e a municipalidade, que trata das obrigações contratuais de cada um dos envolvidos.
Topete disse que só tomou ciência do não comparecimento da CDHU antes do ínicio da reunião e que, diante do impasse, irá acionar judicialmente a companhia estadual para que o órgão preste os devidos esclarecimentos em relação aos problemas relatados pela comissão de moradores do Conjunto Mário Covas. O presidente da CEV também notificará a Comissão Municipal de Defesa Civil de Cubatão (COMDEC) e o Corpo de Bombeiros da cidade de Cubatão para que emitam um laudo técnico sobre o estado atual dos prédios e os impactos que a nova obra pode causar.
O presidente da CEV explicou que, após a expedição desses laudos técnicos, a comissão analisará, juntamente com a Procuradoria Legislativa, a possibilidade de solicitar a paralisação das obras, até que os vícios de construção dos imóveis e as avarias sejam solucionados. Tinho sugeriu que, até que o laudo seja emitido, se avalie a necessidade de suspensão do pagamento das parcelas dos moradores atingidos pelos problemas estruturais nos apartamentos do Conjunto Mário Covas.
Quarterolli esclareceu os procedimentos técnicos que já foram realizados no Conjunto Mário Covas e informou que a Prefeitura sempre faz vistorias para acompanhar o andamento das obras e que em todas as ocasiões ficou constatado que não existe risco grave para os prédios do núcleo habitacional.
A CEV ainda estuda a sugestão da comissão de moradores que pede o afastamento do canteiro de obras, pois, segundo o grupo, o local fica muito próximo aos prédios, causando sérios problemas no dia a dia da comunidade, elevando a sensação de perigo e medo dos moradores. Atualmente, mais de 160 famílias moram nos blocos 101, 111, 121, 131 e 141 do Conjunto Mário Covas, considerados os mais danificados em termos estruturais e que ficam mais próximos das obras de responsabilidade da TMK Engenharia.