Comissão de Vereadores discutirá remoções de moradias na Ilha Caraguatá
Dezenas de famílias da Ilha Caraguatá serão removidas para a construção de um canal de drenagem do Conjunto Habitacional Cubatão K a fim de solucionar casos de enchente do bairro. Os moradores reclamam que foram notificados apenas no dia do cadastro das residências. Por conta disso, o parlamentar Guilherme do Salão (PROS) apresentou um requerimento ontem (7), em sessão plenária, solicitando a abertura da Comissão Especial de Vereadores (CEV) que discutirá o processo de remoção das moradias na Rua Cubatão na Ilha Caraguatá.
Guilherme do Salão explica que o anúncio sobre as remoções na Rua Cubatão foi feito de surpresa, causando grande preocupação. Segundo o parlamentar, teve uma reunião pela manhã para falar sobre a remoção e à tarde já estavam colocando placas nas 57 moradias. O vereador chamou a atenção para o fato de que existirem casas com mais de 30 anos de existência no local, que são edificações consolidadas e que pagam impostos. Ele destacou que o auxílio moradia pago nesses casos às famílias removidas não é o suficiente para pagar aluguel na cidade.
Segundo o autor do requerimento, a CEV buscará alternativas para rever a remoção das famílias da Rua Cubatão. O grupo de trabalho solicitará à administração municipal um levantamento completo sobre as obras da Rua Cubatão, além de discutir os impactos que devem trazer à comunidade local. “É preciso buscar uma solução para essa população. As pessoas não podem ficar sem resposta”, ressaltou Guilherme do Salão.
Em fevereiro, a CDHU informou que está construindo o conjunto Cubatão K, com previsão de 698 unidades habitacionais destinadas à realocação de famílias de áreas de risco nos bairros Cotas e Água Fria, cadastradas no Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar. Segundo a companhia, a implantação do canal de drenagem segue as diretrizes do Plano Municipal de Macrodrenagem e é essencial para mitigar as recorrentes enchentes na Ilha de Caraguatá.
SAFE
Os parlamentares também aprovaram a criação de uma CEV para acompanhar e fiscalizar eventuais inadimplências do Grupo SAFE, empresa que tem mantém contratos com a administração Municipal. A iniciativa, do vereador Alessandro Oliveira (PL), pretende apurar se estão ocorrendo atrasos nos pagamentos de horas extras dos funcionários e de outros benefícios, como vale alimentação e cesta básica.