Comissão escuta servidoras sobre estado do abrigo de animais da cidade

Comissão escuta servidoras sobre estado do abrigo de animais da cidade

Foto: Rodrigo Palassi

A Comissão Especial de Vereadores (CEV) da causa animal escutou na última segunda (8) servidoras que atuam no Serviço de Controle de Zoonoses e no Abrigo Animal do Município e uma comissão de cuidadores voluntários. O encontro foi conduzido pelo presidente da CEV, o vereador Alessandro Oliveira e contou com a participação do parlamentar Guilherme do Salão (PROS). A reunião teve o objetivo de discutir sobre o funcionamento do canil/gatil público da cidade e os serviços de bem-estar animal ofertados pela Prefeitura Municipal.

Rosângela Jorge Chad, chefe de serviço do Controle de Zoonoses, comentou que o seu setor é responsável pelo monitoramento de doenças e agravos transmitidas por animais sinantrópicos e domésticos, através do controle de doenças em cães e gatos com as vacinações permanentes. O foco é diagnosticar doenças transmitidas por vetores em humanos e animais como dengue, raiva, leptospirose, leishmaniose, entre outras, com o objetivo de minimizar o risco de ocorrência de agravos à saúde humana e animal.

A chefe do Controle de Zoonoses explicou que o setor que administra não é responsável pela promoção da saúde animal. A servidora afirmou que consegue manter algumas consultas veterinárias no abrigo animal, mesmo não tendo obrigação para ofertar tal serviço. Ela disse que, por exemplo, não pode realizar um raio-X ou um hemograma em um cachorro doente pois esse procedimento não é vinculado a zoonoses.

A agente de Combate a Endemias, Thaís Ferreira dos Anjos, que atua no Abrigo Animal, explicou que o local apresenta problemas estruturais que dificulta a quarentena necessária para animais recolhidos e abandonados. Por falta desse procedimento, as chances de contaminação por algum parasita crescem e coloca cães e gatos em risco. Segundo a servidora, o equipamento público não tem espaço físico para expansão, de modo a oferecer um serviço de melhor qualidade.

O presidente da CEV disse que a administração municipal não conta com uma política efetiva de cuidado e bem-estar animal. “O que temos hoje é um improviso”, criticou o parlamentar, que defendeu a criação de um pronto-socorro animal. O parlamentar disse que hoje existe uma confusão sobre a responsabilidade pela saúde animal no município (Departamento de Vigilância à Saúde ou secretaria de Meio Ambiente).

A próxima reunião da CEV será amanhã (11), às 10 horas, nas dependências da Câmara Municipal.