Comissão quer aprofundar investigação sobre origem do “pó preto” no Costa e Silva
Os parlamentares aprovaram ontem (16), durante sessão plenária, o relatório final da Comissão Especial de Vereadores (CEV) que apura a origem da substância de cor preta, alvo de reclamações dos moradores do Jardim Costa e Silva e arredores. O grupo de trabalho, que foi liderado pelo vereador parlamentar Tinho (Republicanos), decidiu criar uma comissão de inquérito para escutar novamente representantes do Poder Executivo e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) para aprofundar a investigação sobre o problema que ficou conhecido como “pó preto”.
A CEV cita no relatório que, mesmo que tenha escutado vários agentes públicos e levantado informações junto aos órgãos competentes, não conseguiu avançar no esclarecimento da origem das substâncias despejadas nos lares do Jardim Costa e Silva. No entanto, como ressalta o presidente da comissão, a gravidade do problema não permite que o assunto caia no esquecimento, sem um desfecho final. “Faltou empenho e colaboração de órgãos técnicos e entidades privadas que poderiam auxiliar de forma mais incisiva nesta averiguação”, conclui o documento aprovado em plenário.
Entre as conclusões da CEV, o relatório menciona que falta orçamento à Secretária Municipal de Meio de Ambiente (SEMAM) para tratar de assuntos emergenciais, como a contratação de empresa especializada para aferir a qualidade do ar da cidade, ficando somente a cargo da CETESB tal avaliação. O documento também critica a falta de transparência e publicidade do órgão estadual e cita a dificuldade em acionar os canais de comunicação da companhia. Outro problema é o número reduzido de funcionários da CETESB, uma vez que “os técnicos que fazem as vistorias/visitas técnicas também fazem o trabalho administrativo”.
O relatório ainda menciona que a tentativa de conseguir, de forma gratuita, que outros centros de pesquisa fizessem a coleta e a posterior análise da qualidade do ar no bairro do Jardim Costa e Silva não teve sucesso. A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que aprofundará a investigação deverá ser composta por cinco vereadores e concluirá os trabalhos em sessenta dias.