Comissão de Inquérito escuta responsável pela Cursan e ex- superintendente

Comissão de Inquérito escuta responsável pela Cursan e ex- superintendente

crédito: Rodrigo Palassi

A Comissão Especial de Inquérito (CEI), criada para apurar possíveis irregularidades na Companhia Cubatense de Urbanização e Saneamento (Cursan) se reuniu ontem (23/08) para ouvir o liquidante da empresa, Rodrigo de Souza Freire, e o ex-superintendente da autarquia, na gestão do ex-prefeito Clermont Castor, Alberto Silva Junior. O objetivo da CEI é apontar as causas que levaram a Cursan a ficar inviável financeiramente, precipitando, assim, o encerramento de suas atividades.

O liquidante esclareceu que o processo de endividamento da Cursan começou no inicio de 2009. No entanto, ele informou que ainda não foi realizada auditoria que comprove a real dívida da empresa. Freire disse que os documentos  se encontram separados, mas falta a liberação financeira para contratação da empresa auditora.

Freire ainda disse que estima que a dívida no período da liquidação estava em torno de 120 milhões de reais, porém, em decorrência dos processos que estão na justiça, a dívida tende a aumentar.

O ex-superintendente comentou que deixou a Cursan com R$ 1.260.000 em caixa. Ele disse que no período que dirigiu a empresa não atrasou pagamento de funcionários, nem mesmo deixou precatórios. Silva Junior esclareceu que o balancete não revela a pura realidade da empresa, sendo, portanto, necessário escutar os responsáveis pela empresa a partir de sua saída.

O ex-funcionário da Cursan, Luciano Santos de Souza, presente na reunião da CEI, garantiu que a empresa servia de "cabide de emprego", tamanho era o número de cargos comissionados.

Toninho Vieira, presidente da CEI, deliberou que a comissão solicitará as auditorias de controle interno do período entre 2012 a 2017, além de pedir a relação de funcionários comissionados do período de 2008 a 2017. O grupo de vereadores que investiga a Cursan ainda quer as cópias dos contratos de insumos de limpeza firmados pela empresa no período mencionado anteriormente.

A CEI também espera obter os documentos que comprovam a falta de repasse dos valores recolhidos dos funcionários do FGTS. A comissão deve escutar nas próximas reuniões os ex-superintendentes durante as duas gestões municipais.

Participaram da reunião da CEI os vereadores Wilson Pio (PSDB), Ivan Hildebrando (PSB), Jair do Bar (PT), Marcinho (PSB), Sérgio Calçados (PPS) e o presidente da Câmara, Rodrigo Alemão (PSDB).