Parlamentares cobram explicações da FSFX e da secretaria de Saúde
Os vereadores se reuniram ontem (29/07) com o superintendente do Hospital de Cubatão, Abner Moreira, e a secretária de Saúde, Andrea Pinheiro. Os parlamentares fizeram uma série de questionamentos aos gestores, principalmente em relação à qualidade do atendimento à população e aos problemas no agendamento da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS). O encontro foi conduzido pelo presidente da Câmara, Fábio Roxinho (MDB).
Os vereadores Sérgio Calçados (Cidadania), Érika Verçosa (PSDB), Marcinho (PSB), Ivan Hildebrando (PSB), Toninho Vieira (PSDB), Lala (SD) e Jair do Bar (PT) relataram alguns casos em que pacientes morreram em virtude da falta de diagnóstico, causando indignação nos moradores da cidade. Recentemente, uma moradora do bairro Costa Muniz, de 34 anos, veio a falecer no Hospital de Cubatão, depois de aguardar por semanas para fazer um exame de broncoscopia.
Roxinho cobrou explicações da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), gestora do Hospital Municipal de Cubatão, e da secretaria de Saúde, uma vez que as críticas sobre o atendimento na unidade hospitalar crescem diariamente. Ivan Hildebrando, por sua vez, demonstrou preocupação em relação ao número de funcionários que hoje atuam no Hospital.
Marcinho criticou aquilo que ele classificou de “quarteirização” da saúde, como ocorreu com o setor de fisioterapia do Hospital de Cubatão. Ele também comentou que o parlamento precisa ser comunicado sobre as mudanças que acontecem na administração da unidade, já que foram os vereadores que aprovaram o projeto de lei que possibilitou esse modelo de gestão entre a FSFX e a prefeitura. Já Sérgio Calçados afirmou que, independente de terceirizado ou não, o serviço prestado à população precisa ser de excelência.
O superintendente do Hospital de Cubatão disse que a FSFX privilegia a eficiência operacional e segue todos os protocolos instituídos por órgãos internacionais. Moreira explicou que os casos mais graves seguem para agendamento do CROSS, uma vez que a unidade de Cubatão não é alta complexidade e não consegue realizar alguns procedimentos médicos.
Sobre os boatos de redução no quadro funcional, Gustavo Cristiano S. Pontes, gerente administrativo do Hospital de Cubatão, afirmou que as demissões ocorreram pelo absenteísmo, ou seja, alto número de ausências no trabalho.
A secretária de Saúde afirmou que hoje existe uma verdadeira fábrica de boatos na cidade. Ela ressaltou que sempre à disposição para receber qualquer demanda dos parlamentares sobre o atendimento médico da cidade.
Uma nova reunião entre FSFX, vereadores e Poder Executivo será agendada nos próximos dias. O presidente da Câmara solicitou que os gestores da saúde na cidade apresentem relatórios detalhados sobre o volume de procedimentos médicos realizados no município.