Parlamentares cobram explicações dos gestores do Hospital Municipal
Os vereadores se reuniram na última sexta (15/06) com representantes da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), gestora do Hospital Municipal de Cubatão, e da Secretaria da Saúde. Os parlamentares fizeram uma série de questionamentos sobre diversas reclamações da população acerca de internações, exames ambulatoriais e cirurgias, entre outros tipos de serviços oferecidos pela unidade hospitalar. O encontro foi conduzido por Jair do Bar (PT), presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara.
No início do encontro, Abner Moreira, superintendente do Hospital Municipal, fez uma breve apresentação sobre os serviços prestados até o momento pela FSFX. Ele explicou que a unidade hospitalar é credenciada para atendimentos de baixa e média complexidade, em 27 especialidades, com serviços de traumatologia, internação adulto e pediátrica, UTI, centro obstétrico, maternidade, centro cirúrgico e serviços de diagnóstico. O gestor informou que são 130 médicos, 498 colaboradores, 75 leitos SUS, 50 convênio, 4 salas cirúrgicas, além de PS Obstétrico, 5 consultórios médicos e serviços de diagnósticos e Banco de Sangue.
Desde sua reabertura, em dezembro de 2017, o Hospital Municipal já realizou 519 partos,
1.913 internações, 148.433 exames laboratoriais, 2.563 serviços obstétricos, 375 cirurgias e 16.906 serviços de imagem. Segundo Moreira, a taxa de ocupação é de 70,27%, sendo a média de permanência de 5,41% e a taxa de mortalidade de 5,5%. O gestor explicou que isso depende das ocorrências atendidas, que tem relação a traumas graves, ocasionados por caros de violência urbana e no trânsito.
Toninho Vieira (PSDB) disse que recebe diariamente denúncias de moradores sobre casos de negligência no Hospital Municipal. O vereador comentou que tem dificuldade de enxergar no cotidiano os números apresentados pela FSFX. Ele ainda criticou o fato de que Fundação, até agora, não alterou a fachada da unidade, onde se lê hoje "Hospital de Cubatão". O parlamentar disse que não se trata apenas de uma questão de nome, mas tem relação com o caráter público do complexo de saúde.
Rafael Tucla (PT) questionou alguns números apresentados pela FSFX, que, segundo ele, são baixos levando em conta as metas contratuais estabelecidas entre a municipalidade e a Fundação. Ele também criticou a demora no atendimento na unidade e defendeu a presença de um médico regulador no local para aferir a qualidade dos serviços prestados à população.
Questionada sobre o fato de a unidade hospital ser de média complexidade, a secretária de Saúde, Andrea Pinheiro, explicou que o Hospital Municipal não é habilitado pelo Ministério da Saúde para atendimento de alta complexidade por critérios técnicos e estruturais. Ela comentou que no passado o complexo até realizou tais procedimentos, mas acabou não recebendo o repasse por conta da falta de habilitação.
Moreira admitiu que o Serviço de Relacionamento com Cliente (SAC) precisa ser mais divulgado. O SAC atende presencialmente, de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 11h30 e 13h às 17h ou pelo telefone 3388-4914.
Também participaram da reunião os vereadores Dr. Anderson Veterinário (PRB), Marcinho (PSB) e Ivan Hildebrando (PSB), além de Alessandro Oliveira, presidente do Conselho Municipal de Saúde.