Parlamentares prestigiam início das obras da Faculdade de Medicina e do Anexo Hospitalar
Os vereadores participaram ontem (14/05) de duas solenidades ligadas à pasta de saúde. A primeira celebra o convênio entre a Prefeitura de Cubatão e o Centro Universitário São Judas Tadeu (Campus Unimonte), que marca o início da construção de uma Faculdade de Medicina na cidade, em terreno do município localizado aos fundos do Pronto Socorro Municipal, de frente para a Avenida Martins Fontes. O segundo evento, realizado no anfiteatro do Legislativo, formaliza o compromisso entre a administração e a Fundação São Francisco Xavier (responsável pela gestão do hospital) para o início das obras do anexo hospitalar na antiga área do Teatro Municipal.
Segundo os dirigentes do Grupo Ânima (do qual faz parte o Centro Universitário São Judas Tadeu), as obras da Faculdade de Medicina começam nesta semana, sendo que a previsão é de elas serem entregues em 2019. A parceria prevê a construção de um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) nos dois pavimentos do edifício.
O presidente da Câmara, Rodrigo Alemão (PSDB), celebrou a concretização daquilo que ele classificou como um sonho para o povo cubatense. Ele destacou o papel decisivo do Legislativo no processo de cessão do terreno para o Grupo Ânima e comentou sobre os impactos da chegada do curso de Medicina para a cidade, que vão desde o fomento do comércio local até a geração de empregos diretos, passando pela formação médica para jovens cubatenses.
"Estamos hoje consolidando um grande feito. Esse passo hoje vai se revelar um grande legado para a população de nossa cidade", avaliou o prefeito Ademário Oliveira. Já o vice-presidente do Grupo Ânima, Marcelo Batista Bueno, destacou o processo de transformação que ocorre em cidades que sediam centros universitários e destacou a qualidade dos cursos de Medicina oferecidos pelas universidades do Grupo.
Participaram também da atividade o reitor do Centro Universitário São Judas Tadeu, Ricardo Cançado; o vice-reitor do Campus Unimonte, Adalto Corrêa; integrantes do Conselho Municipal de Saúde, a secretária de Saúde do município, Andrea Pinheiro Lima, entre outros convidados. O evento ocorreu no terreno que abrigava a antiga Policlínica, na Avenida Martins Fontes.
Anexo Hospitalar
Mais tarde, os dirigentes da Fundação São Francisco Xavier (FSFX) apresentaram os projetos para a para a implantação de serviços de alta complexidade, com atendimento para tratamento oncológico, hemodiálise e oxigenoterapia.
Segundo o superintendente do Hospital Municipal, Abner Moreira Júnior, A primeira etapa da reforma do anexo, no prédio construído há mais de 30 anos para abrigar um teatro, deverá estar concluída em 90 dias.
De acordo com o projeto arquitetônico do anexo hospitalar, apresentado pela Fundação São Francisco Xavier, a entrada do Centro Oncológico será na Avenida Henry Borden, enquanto que o Centro de Hemodiálise e Oxigenoterapia ficará de frente para a Avenida Nove de Abril. A (FSFX) afirma que a soma dos investimentos para a reabertura do Hospital de Cubatão, em dezembro, e a reforma do anexo totalizam R$ 9,3 milhões.
A primeira etapa utilizará uma área de 585 m² para a construção da infraestrutura (recepção, consultórios, áreas de apoio e leitos) necessária para o serviço de oncologia. Em seguida, numa segunda fase que deverá estar concluída até o final do ano, as demais áreas do anexo serão reformadas para o atendimento à hemodiálise, com 15 cadeiras e atendimento/dia (em dois turnos) de até 70 pessoas, e câmara Hiperbárica.
O presidente da Câmara, Rodrigo Alemão (PSDB), comentou que o Legislativo serviu de palco às discussões para aprovação da transferência do prédio do Teatro Municipal para a Secretaria Municipal de Saúde. Ele lembrou que o antigo imóvel era considerado um "elefante branco" e um símbolo da incompetência na gestão pública. O vereador ainda pediu celeridade para criar um espaço adequado para a classe artística da cidade.
O prefeito Ademário Oliveira relembrou a ousadia do projeto da reabertura do hospital e das obras do anexo e garantiu que - se não fosse o apoio do Legislativo - não teria conseguido fazer nada. O gestor disse que somente quem passa pela dor de ver um familiar debilitado por conta do tratamento de hemodiálise sabe a dimensão desse anexo hospitalar que está começando a se tornar realidade.