Projeto cria o Dia Municipal de Conscientização da Cardiopatia Congênita
Durante a última sessão ordinária (16/10), os vereadores aprovaram, em segunda discussão, o projeto de lei Nº 34/2018, que institui no calendário oficial do município o Dia Municipal de Conscientização da Cardiopatia Congênita. A proposição, de autoria do presidente da Câmara, Rodrigo Ramos Soares (PSDB), define que a data será celebrada anualmente no dia 12 de junho.
Segundo o vereador, a data terá o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce para salvar crianças com cardiopatia congênita. A iniciativa promoverá campanhas educativas e palestras com especialistas na temática para chamar a atenção da sociedade para o Teste do Coraçãozinho. As cardiopatias congênitas podem ser suspeitadas durante a gestação por meio de um ultrassom morfológico e confirmadas pelo ecocardiograma fetal, mas também podem ser detectadas logo após o nascimento.
O presidente da Câmara lembrou que teve um caso na família de cardiopatia congênita, em pude verificar de perto a necessidade de um serviço especializado para o tratamento dessa doença. Durante sua fala, Rodrigo Alemão agradeceu as orações dos munícipes pela saúde de sua sobrinha, que hoje se encontra curada.
A cardiopatia congênita é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras 8 semanas de gestação quando se forma o coração do bebê. Ela ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca, mesmo que descoberto no nascimento ou anos mais tarde.
Nascem no Brasil aproximadamente 28 mil crianças com problemas cardíacos por ano, ou seja, a cada 100 bebês nascidos vivos 1 é cardiopata. Desses 28 mil cardiopatas que nascem anualmente, pelo menos 23 mil necessitarão de uma cirurgia cardíaca, mas infelizmente cerca de 18 mil (78%) não recebem o tratamento, principalmente por falta de diagnostico ou vagas na rede pública.
Na Baixada Santista, a cada três bebês nascidos com cardiopatia congênita (malformação do coração), um morre. Entre 2008 e 2015, a região teve 131 nascimentos de crianças com algum tipo de anomalia cardíaca. Nos mesmos sete anos, 45 pequenos com menos de um ano morreram devido a problemas no sistema cardiovascular.
O projeto segue agora para a sanção do prefeito municipal.