Varal da Vergonha denuncia escalada da violência contra a mulher
Na última segunda (25), o Conselho Municipal da Condição Feminina de Cubatão, juntamente com o Soroptimist local e a Associação Mulheres Progressistas (AMP), realizou a “Caminhada pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, que teve seu encerramento em frente ao Legislativo. Na ocasião, as participantes do evento estenderam o “Varal da Vergonha”, que denuncia a escalada de violações à integridade física e psicológica da população feminina da cidade. Para se ter uma ideia, Cubatão registrou 43 estupros no ano passado.
A Caminhada integra as atividades do Dia Laranja, celebrado a cada dia 25 do mês, que tem o objetivo de prevenir e eliminar a violência contra as mulheres e meninas. O presidente da Câmara, Fábio Roxinho (MDB), elogiou o evento e defendeu a fortalecimento de políticas públicas voltadas ao enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres.
Segundo pesquisas, divulgadas recentemente, o Brasil vive uma escalada no número de feminicídios. A denominação foi dada para casos de mulheres que são mortas em condições discriminatórias e de desigualdade de gênero. Em outras palavras, feminicídio é o homicídio de mulheres pelo fato de serem mulheres e pode ser classificado em íntimo (quando são cometidos por companheiros ou ex-companheiros) e não íntimo. A lei 13.104, de 9 de março de 2015, passou a considerar esse tipo de homicídio como um crime hediondo, com pena de 12 a 30 anos de prisão.
Muitos casos de feminicídio são caracterizados como mortes evitáveis, ou seja, poderiam ser intervindas por meio da mobilização social ou por políticas públicas do Estado, como rede integrada de proteção.