Problemas no atendimento do Hospital Municipal são discutidos em Audiência Pública
Foi realizada na última sexta-feira, (26), audiência pública da saúde, referente ao 3º Quadrimestre de 2020, em conformidade com Lei Complementar 141, de 13 de janeiro de 2012, que regula a Emenda Constitucional nº 29/2000 e Instruções Normativas do Tribunal de Contas. A audiência foi conduzida pelo Presidente da Comissão de Saúde, Rony do Bar (PSD), juntamente com os vereadores Tinho (REPUBLICANOS) e Gallo (PSDB), Vice-Presidente e Membro da comissão respectivamente, além dos nobres edis Rafael Tucla (PP), Allan Matias (PSDB) e Guilherme do Salão (PROS). Contou também com a presença da Secretária de Saúde, Eliane Taniolo, que respondeu aos questionamentos dos parlamentares.
Rafael Tucla questionou se as metas estipuladas ao hospital estão sendo cumpridas pois são elas que definem o quanto será repassado ao hospital. “Toda audiência estamos aqui dizendo os mesmos pontos, pois sempre vem algum morador reclamar das mesmas coisas e se nós precisamos ir até vocês pedir ou verificar alguma coisa, significa que tem coisa errada e não deveria estar tendo problemas, pois o repasse para o hospital é o único que não atrasa, não deveria ter isso”, disse. Além disso, ele ressalta a lentidão na demora da liberação de vagas. Sobre a demora na liberação das vagas, acontece porque “ocorre divergências clínicas, entre os médicos, e isso faz com que atrase um pouco a liberação das vagas”.
Em seguida, o vereador leu um depoimento de um funcionário do hospital, relatando que “os funcionários só atendem quando quer, menosprezando os pacientes e que no contrato há uma parte que diz que “as coletas devem ser feitas na unidade”, mas elas não são feitas, dizem que é por falta de espaço, mas o setor tem dois espaços livres, além da demora para fazer os exames, o que danifica o resultado final do exame” e o vereador concluiu dizendo que ele mesmo precisou de um exame e depois de três dias, o resultado não tinha saído. Só depois que ele se identificou como vereador que, em uma hora, saiu o resultado. Luiza, funcionária administrativa do hospital, disse que “a coleta de exames foi acordada de forma verbal com a secretaria de saúde e, por falta de espaço, não os realizaria e teve um protocolo para definir essas mudanças e coisas do tipo e que, se houvesse algum problema de exames ou outra coisa do tipo, é só entrar em contato com o hospital”.
Allan Matias ressaltou a importância da saúde da mulher e se há possibilidade de mutirões para realização de exames e o vereador Rony do Bar perguntou se há como fazer os atendimentos dos idosos e pessoas mais debilitadas na cidade, sem precisar leva-las para os municípios vizinhos. A secretária disse que já foi realizado um mutirão de ortopedia e que vai verificar a possibilidade de um mutirão sobre a saúde da mulher.
Tinho perguntou por que o paciente precisa passar pela triagem quando ele é encaminhado se há uma regulação que já mostra que ele fez essa triagem e, às vezes, os médicos debatem entre si sobre o diagnóstico. Segundo Luiza, isso ocorre pois, como veio do PS, o médico que recebeu e vê, por exemplo, necessidade de UTI, mas não há vagas, ele pergunta para quem encaminhou se o caso pode ser administrado de um leito comum e, coisas como essa, atrasam o processo. Em seguida, o vereador Rafael Tucla leu outro depoimento, onde uma pessoa foi internada na segunda feira, o resultado do exame só saiu na sexta feira. “Quem é particular e quem é SUS tá sofrendo com isso”, completou.
O vereador Gallo questionou sobre as vagas de UTI, como que é feita a “escolha” de quem vai ocupar uma vaga e sobre a redução de funcionários no hospital durante o fim de semana e o Tinho ressaltou a necessidade de ter alguém que responda administrativamente no hospital durante os finais de semana, pois “muitos funcionários que não tem nada a ver com isso, escutam baixarias e são destratados por não saberem de coisas que não são de sua competência”, completa.
“As vagas de UTI constam livres logo que estão desocupadas, mas cabe ao médico, com o laudo físico, se aquele caso há necessidade de UTI. Se o caso não for tão grave, os médicos conversarão e vão ver o que será melhor para o paciente. Sobre os funcionários, só o administrativo que não trabalha no fim de semana, de resto, ficam com pessoas 24 horas”. A Secretária ainda disse que o contrato verbal será readequado e todos os documentos que os vereadores quiserem, serão encaminhados.