Vereadores discutem alternativas para alunos e professores da UME Martim Afonso
A Câmara Municipal realizou hoje (10) uma reunião para avaliar a situação de alunos e professores da UME Martim Afonso de Souza, no Jardim Nova República, que será demolida em breve. Os estudantes do Ensino Fundamental I e II e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da escola passarão a frequentar outras unidades de ensino municipal ou estadual, enquanto as obras estiverem em andamento.
Estiveram presentes no encontro o chefe do Legislativo Cubatense, Fábio Roxinho (MDB), os vereadores Sérgio Calçados (PSB), Marcinho (PSB), Ivan Hildebrando (PSB), a secretária de Educação, Márcia Terras, e o secretário de Obras, Benaldo Melo de Souza, além do dirigente escolar Peter Maahs e membros do conselho escolar da escola.
A secretária informou que a unidade será demolida e, no mesmo lugar, uma escola mais moderna será construída. Segundo ela, a decisão foi tomada ação judicial movida pelo Ministério Público, que verificou que a escola apresenta uma série de problemas na infraestrutura do prédio da UME Martim Afonso de Souza. Após o parecer do MP, o Poder Executivo avaliou todos os apontamentos e chegou a conclusão de que, diante dos valores da reforma total, seria melhor a construção de uma nova escola. Márcia afirmou que o orçamento da demolição e a construção da nova escola já está na Lei Orçamentária Anual (LOA), que será votada nas próximas semanas pelo Poder Legislativo.
Questionado sobre as razões da demolição, o secretário de Obras explicou que, pelo tempo de construção da escola, o custo de uma reforma, devido ao comprometimento da estrutura, seria melhor a demolição e, em seguida, erguer uma nova unidade. “O custo é muito alto, vale mais demolir e construir uma nova, do que ficar reformando a cada seis meses”. Souza também comentou sobre a previsão do início dos serviços. “Esse mês o terreno será limpo e até março as obras começam”.
Durante a reunião, Maahs cobrou a construção de uma unidade horizontal, que seja acessível a pessoas com deficiência. Outro questionamento é o temor de alunos e professores sobre a possibilidade de serem distribuídos para escolas distantes das suas residências. Existe a preocupação ainda de que os estudantes percam o vínculo com os atuais educadores e a falta de transporte para outras unidades de ensino.
Os membros do conselho escolar questionaram a falta de diálogo entre o Poder Executivo e a comunidade. “A Prefeitura foi totalmente autoritária, sem nenhum interesse naquelas pessoas. Eles nem sequer nos ouviram, simplesmente fizeram o que vocês estão vendo sem falar com a gente”, reclamou um dos integrantes da comissão.
O presidente da Câmara sugeriu estabelecer um convênio com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, para que os alunos e professores da UME Martim Afonso de Souza fossem transferidos para o E. E. Marechal Humberto de Alencar Castello Branco, uma vez que esta unidade tem salas suficiente para acomodar a todos. Com a ideia acolhida por todos, os vereadores ressaltaram que farão o possível para votar em breve o orçamento 2021. Os parlamentares ainda se comprometeram em pedir apoio dos deputados da região para agilizar o convênio com o governo estadual.